Nesta quinta-feira, 30 , o escritor Itatibense, artista plástico e ambientalista Lázaro Sylvio de Almeida Franco, o “Zico da Caixa” celebra nova idade. Colunista dominical do Jornal de Itatiba há mais de 40 anos, Zico tem cinco livros publicados, é membro da Associação dos Escritores, Poetas e Trovadores de Itatiba, estando à frente da Diretoria Executiva de 2013 a 2015, expõe suas obras na Mostra Bambolê JI de Artes, é membro voluntário da Diretoria da Santa Casa de Misericórdia de Itatiba.
Feliz aniversário!
Sobre o querido Zico.
Estudou nas Escolas Julio César, Cenemeb e Escola Técnica de Campinas onde se formou em Desenho de Arquitetura licenciado pelo CREA em Projetista Construtor.
Zico da Caixa trabalhou na “Nossa Caixa” por 35 anos. Entrou no banco como faxineiro, prestou concurso público e se aposentou há 37 anos como Gerente. O apelido surgiu há mais de 50 anos num bate papo entre seus colegas Zequinha Corradine e Caetano Di Fiori.
Um viajante nato conhece 38 países e as belezas do nosso País, diz que já foi do “Oiapoque ao Chuí”, viagens até de acampamento selvagem e belezas naturais como Sete quedas e Canal de São Simão.
Desde criança Zico da Caixa gosta de natureza, comenta que seu pai teve uma fábrica de farinha de milho, fubá e canjica na Avenida dos Expedicionários. Muitos passarinhos comiam os farelos que estavam no chão. Enquanto algumas crianças matavam os passarinhos com estilingue ele defendia e chorava em defesa dos animais. Já teve bichinhos de estimação inusitados como tatu, macaco, lagarto, sagui, esquilo, gambá, hoje tem duas cachorrinhas .
Fundou a “CONDEMA” – Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente.
Em 1942 ,com 17 anos fez o “Tiro de Guerra TG 57”. No dia 23 de agosto de 1942, o então Presidente da República Getúlio Vargas assinou a declaração de guerra contra os países do eixo Alemanha ,Itália e Japão. O Exército passou a convocar os soldados para a Força Expedicionária Brasileira FEB e Zico da Caixa, um jovem idealista e patriota, se candidatou à voluntário na ânsia de ir para a Guerra. Como eram convocados com 21 anos em diante seus pais não assinaram o termo de autorização para liberá-lo e isso causou certa frustração na época, por isso a vontade de ler e estudar sobre o assunto só aumentou. Zico, aos risos,hoje entende que a preocupação dos seus pais era normal .
Como lembrança desta época além de sua memória intacta, livros, jornais e filmes comprou também o jipe veterano do segundo dono no início dos anos 1960 , pois quando acabou a Segunda Guerra Mundial os americanos não acharam conveniente trazer as ‘sobras ”,o jipe na ocasião custava 28 dólares. Muitos brasileiros na época compraram o jipe pra usar como trator pelo baixo preço.
“Zico da Caixa também tem como passatempo pintar quadros, a ‘menina dos olhos’ é o quadro ‘Lili Marlene”,uma enfermeira da Segunda Guerra Mundial muito bonita. O sargento – músico que se apaixonou por ela compôs uma melodia que caiu no gosto dos soldados alemães e dos aliados. Na Alemanha foi eleita a segunda música mais ouvida perdendo o pódio apenas para o hino daquele País.
Reportagem feita por Daniele Marzano Giacomini e publicada na Revista Digital Tem Itatiba em Setembro/2015.
