Projeto levará oficinas para confecção de absorventes sustentáveis e reutilizáveis a alunas da rede pública de ensino
A EMEB Profa. “Guiomar Almeida Ciarbello”, no Jardim das Nações, recebe nesta sexta-feira, 12/11, a primeira ação do projeto “Dignidade Menstrual” – iniciativa para ajudar alunas da rede municipal de ensino a combater a chamada ‘pobreza menstrual’, caracterizada pela falta de acesso a itens fundamentais de higiene durante a menstruação.
A partir das 8h30, alunas entre 10 e 14 anos participarão de palestra com profissionais de saúde e, depois, de oficina de confecção de absorvente sustentável e reutilizável, ação do Fundo Social de Solidariedade (FSS), por meio da Oficina Retalhos do Coração.
Voluntárias de costura da Oficina ensinarão sobre os benefícios e como confeccionar os absorventes de tecido, bem como sobre o desenvolvimento na puberdade e higiene, além da dignidade menstrual. Após aprenderem a fazer os absorventes, com moldes e tecidos hipoalérgicos e 100% algodão, cada aluna levará para casa um absorvente reutilizável. Todos os materiais foram doados por parceiros do projeto, especialmente retalhos de tecidos. Tanto o reaproveitar de tecidos quanto o fato de se evitar o descarte dos absorventes convencionais impactam a favor do meio ambiente. Uma única mulher, que tem em média 450 ciclos menstruais durante a vida, usa cerca de 10 mil absorventes e gera cerca de 200 quilos de lixo.
Apesar de ter como público-alvo as meninas, o projeto também inclui ações educacionais para meninos. Enquanto as adolescentes estarão na oficina, os meninos receberão orientações sobre processos naturais de desenvolvimento, além dos cuidados de higiene para essa faixa etária.
A partir de 2022, “Dignidade Menstrual” chegará a mais escolas, seguindo cronograma de aulas. As secretarias de Saúde, Educação e de Governo fundamentam o projeto, apoiado pela Fundação do ABC, ODS – Objetivo de Desenvolvimento Sustentável e Grupo Entre Rosas.
Pobreza menstrual
Se baseando em números impressionantes sobre a pobreza menstrual, a Prefeitura de Itatiba decidiu por implantar a ação em escolas públicas. Pesquisa encomendada por uma marca de absorventes descartáveis comercializada no Brasil aponta que estudantes da rede pública perdem até 45 dias de aula no ano pela falta do produto durante o período menstrual, sendo que uma a cada nove meninas não tem acesso a absorventes. Muitas apelam para saídas alternativas, como o uso de papel higiênico e folhas de jornal para conter o fluxo menstrual.
Crédito: Arquivo/PMI
Legenda: Oficina da FSS que ensina a fazer absorvente sustentável e reutilizável chega agora às escolas para auxiliar alunas a ter Dignidade Menstrual
