Roda de Debates na Campanha “16 Dias de Ativismo pelo fim da violência contra as mulheres”

Finalizando a campanha dos ‘16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres’, uma roda de debates foi realizada ontem (10), na Praça José Bonifácio, o Jardim da Cadeia.

Integrado por entidades e associações, como o Instituto Excelência Negra, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação das Senhoras dos Rotarianos (ASTI) e a Liga das Mulheres Eleitoras do Brasil (Libra), além das vereadoras Leila Bedani e Roselvira Passini, a dinâmica da ação buscou alcançar, com uma linguagem simples e direta, as mulheres que sofrem com a violência e o assédio. Por isso, a escolha de um local público e central de fácil acesso e movimentação para o desenvolvimento da ação.

Marta Livia Suplicy que é Presidente da LIBRA – Liga das Mulheres Eleitoras do Brasil, idealizadora da Virada Feminina e Conselheira Bem Querer Mulher, ressaltou que a ação é um momento emblemático para a cidade de Itatiba, encerra os 16 dias da luta contra a violência à mulher, justamente no dia em que se comemora os 70 anos da Declaração Universal do Direitos Humanos.

A LIBRA liderou 108 associações que levantaram a bandeira da virada feminina de movimentos de enfrentamento à violência, combate ao câncer de mama, igualdade e tudo que trata o envelhecimento da mulher.
A abordagem principal da campanha dos ‘16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres’ é o contato direto das instituições com a população vítima, no intuito de diminuir o índice de feminicídio na cidade.

A ex-modelo e repórter, atual ativista do direito das mulheres, Renata Banhara, disse que a denúncia é crucial no combate contra a violência sofrida pelas mulheres, pois, desta forma, o Estado se tornará mais consciente quanto ao número de casos de agressão que ocorrem e olharão a questão com mais consciência. “Na maioria das vezes, o réu é aparenta ser um homem idôneo, bem visto pela sociedade e nunca é alguém agressivo, e isso é complicado. Diminui as chances da mulher obter testemunhas”, disse.

A vereadora Leila Bedani, ressaltou os projetos já protocolados e as leis aprovadas para combater a violência contra a mulher, “mas uma das mais importantes se chama Tempo de Despertar, que trabalha na ressocialização do autor da violência, como uma reabilitação”. Desta forma, há a necessidade de um trabalho conjunto do Judiciário, Legislativo e Executivo, para acolhimento, e orientação das vítimas.

A rotatividade de pessoas na Praça José Bonifácio, e a participação das lideranças não só de associações de Itatiba, como de São Paulo, foi extremamente válido pela troca de experiências e um aprendizado para as mulheres de Itatiba. E ao final da ação uma notícia foi dada em primeira mão: Um bloco Carnavalesco vai ser criado, levantando ainda mais a bandeira da mulher em nossa cidade.

Crédito do Texto: Aloísio Mathias

Crédito das Fotos: Jô Araújo

*Reportagem gentilmente cedida por parceiros da CRN – Central de Rádio e Notícias de Itatiba