Zico da Caixa e o livro “Aventuras na Amazônia”

No último dia 25 o querido “Zico da Caixa” ou Lázaro Sylvio de Almeida Franco, lançou o livro “Aventuras na Amazônia”, no auditório da ETEC Rosa Perrone Scavone. Natural de Itatiba, Zico é membro da AEPTI – Associação dos Escritores, Poetas e Trovadores de Itatiba e participa ativamente de todos os Antologias. Cerca de 80 pessoas compareceram para prestigiar o lançamento entre autoridades, familiares e amigos.

Zico da Caixa trabalhou na “Nossa Caixa” por 35 anos. Entrou no banco como faxineiro, prestou concurso público e se lá se aposentou como Gerente. O apelido surgiu há 52 anos num bate papo entre seus colegas Zequinha Corradine e Caetano Di Fiori. Um viajante nato, conhece 38 países e as belezas do nosso País, diz que já foi do “Oiapoque ao Chuí”, viagens até de acampamento selvagem e belezas naturais como 7 quedas e Canal de São Simão.

Colunista do Jornal de Itatiba há mais de 40 anos todos os domingos diz que o convite surgiu através de seu genro e que a inspiração vem das lembranças da sua infância, saudosa Itatiba, atualidades e política. Durante 2 anos também teve sua “Página Literária” publicada no JI.

Publicou mais 4 livros:“Histórias do Zico da Caixa” no qual toda renda foi revertida para a Academia Itatibense de Letras. “Crônicas” em benefício à Orquestra Filarmônica de Itatiba. “Também Somos Heróis” que ganhou o ofício militar graduado agradecendo o livro e recomendado para que seja feita a leitura nos Tiros de Guerra. (Fatos históricos: Zico da Caixa homenageou os 19 “Itatibenses Heróis” que lutaram na Segunda Guerra Mundial), “O fim de um longo pesadelo“, a heroína do livro de “Também Somos Heróis” dá continuidade nesse romance de encontros e reencontros em meio à sequestro e batalhas. Os dois últimos livros a renda foi revertida para a Santa Casa de Misericórdia de Itatiba.

Desde criança Zico da Caixa gosta de natureza: “Meu pai teve uma fábrica de farinha de milho, fubá e canjica na Avenida dos Expedicionários e os passarinhos comiam os farelos que estavam no chão. Enquanto algumas crianças matavam os passarinhos com estilingue eu defendia e chorava em defesa dos animais”, comenta.

Já teve bichinhos de estimação inusitados como tatu, macaco, lagarto, sagui, esquilo, gambá, hoje tem duas cachorrinhas .Fundou a “CONDEMA” – Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente.

Em 1942 com 17 anos fez o “Tiro de Guerra TG 57”. No dia 23 de agosto de 1942, o então Presidente da República Getúlio Vargas assinou a declaração de guerra contra os países do eixo Alemanha ,Itália e Japão. O Exército passou a convocar os soldados para a Força Expedicionária Brasileira FEB e Zico da Caixa, um jovem idealista e patriota, se candidatou à voluntário.Como eram convocados com 21 anos em diante seus pais não assinaram o termo de autorização e isso causou certa “frustração” na época, por isso a vontade de ler e estudar sobre o assunto só aumentou.

Zico, aos risos, hoje entende que a preocupação dos seus pais era normal .Como lembrança desta época além de sua memória intacta, livros, jornais e filmes comprou também o jipe veterano do segundo dono no início dos anos 60 , pois quando acabou a Segunda Guerra Mundial os americanos não acharam conveniente trazer as ‘sobras ”,o jipe na ocasião custava 28 dólares. Muitos brasileiros na época compraram o jipe pra usar como trator pelo baixo preço.

Zico da Caixa é uma pessoa que passamos horas escutando suas histórias de vida repletas de encanto e magia. Uma pessoa humilde e com o coração do tamanho da Amazônia!

Reportagem e Fotos: Daniele Marzano